segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Reflexões sobre a Interdisciplina de Libras

Com a realização da atividade de análise sobre o filme “O Garoto Selvagem” tive a oportunidade de acrescentar diversos saberes aos meus conhecimentos sobre a história da educação de surdos na sociedade através dos tempos, o que considero relevante para o meu crescimento profissional.
Ao constatar que Victor de Aveyron (o garoto selvagem) não era surdo, percebi como muitos diagnósticos equivocados afetaram as vidas de surdos e fizeram com que a sociedade formasse opiniões de que surdos seriam incapazes de aprender e de escolarizar-se, e consequentemente de integrar-se ao mercado de trabalho. O garoto selvagem foi internado durante dez anos na Instituição de surdos-mudos de Paris, seus progressos foram limitados, inclusive sobre a aprendizagem da língua de sinais. Pois, possuía outras deficiências, além de autismo que estavam agravados devido ao isolamento que vivera numa floresta durante os primeiros onze anos de sua vida.
Atualmente, apesar de alguns esclarecimentos divulgados pela mídia e por estudiosos sobre a comunidade e cultura surda, ainda persiste a associação de surdez com deficiência mental. Os surdos apenas não ouvem, mas isso não significa que tenham limitações mentais que impeçam a escolarização. Para transformar esta realidade de exclusão ainda presente, seria necessária a inserção nos planos de ensino das instituições educacionais, a interdisciplina de libras que serviria como um espaço onde os alunos surdos poderiam obter e trocar diversas informações e saberes que às vezes se encontram apenas em ambientes ocupados por ouvintes. Como também poderiam ser repensados os conteúdos disciplinares que são desenvolvidos para surdos por ouvintes. Outra idéia relevante seria ter nas escolas professores surdos para que os alunos surdos conseguissem relacionar-se se identificando com um adulto surdo, ao qual poderia espelhar-se como um exemplo a seguir.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Reflexões sobre a Interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos (EJA):

Os estudos sobre o texto de Giroux “Alfabetização e a pedagogia do empowerment” chamaram a minha atenção sobre a alfabetização funcional e crítica respectivamente, na EJA. Compreendo que para esta alfabetização, deveríamos lutar como se luta por um movimento social no presente e no futuro, considerando que para a sua organização e construção seria necessário desenvolver práticas pedagógicas em conjunto com professores e alunos, em torno de visões da comunidade que sejam mais emancipadoras, compreendendo e transformando suas experiências pessoais, mas também reconstituindo suas relações com a sociedade mais ampla. Já no texto de Kohl “Jovens e Adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem” foi significativo para a minha aprendizagem entender melhor sobre o aluno adulto e o aluno jovem no âmbito da EJA. O aluno adulto normalmente é um migrante proveniente de áreas rurais pobres e o aluno jovem, excluído das escolas regulares, por repetência e evasão. Ambos podem ser totalmente analfabetos ou pouco escolarizados porque pararam de estudar pelo motivo de ter de trabalhar muito desde suas infâncias para ajudar nas despesas básicas da casa. Considero que essas duas leituras (em especial) propostas pela Interdisciplina de EJA me proporcionam uma estrutura para a realização do trabalho para a “Mostra de Pôsteres sobre realidade dos contextos de Jovens e adultos”.
Pude perceber na realização das entrevistas que realizei com os alunos da EJA na Escola Felipe Scheffer no dia 04 (quarta-feira). Pois entrevistei um jovem de 21 anos, um senhor de 45 anos e uma senhora de 56 anos e tanto suas características, quanto os motivos pela desistência dos estudos e a procura pela EJA, se enquadraram com as descrições citadas acima da autora Marta Kohl. Também percebi que suas respostas às perguntas do roteiro da entrevista enquadraram-se nas idéias de Giroux, sobre a educação de EJA não dever se esgotar somente numa alfabetização mecânica, com objetivos de ensinar a ler e escrever. Estes alunos procuram mais que isso, eles querem e demonstram em suas falas, o que explicita Giroux em seu texto, o desejo de uma escolarização ampla e de qualidade com atividades contínuas que se preocupe com as suas culturas, preparando-lhes para o mercado de trabalho e propondo-lhes novas formas de conhecimento. Com suas próprias palavras, os educandos entrevistados também me remeteram ao primeiro texto estudado de Jamil Cury “Parecer 11/2000” sobre as “Diretrizes Curriculares Nacionais da EJA”, que tem como funções: reparar, qualificar e equalizar o ensino.
Resolvi realizar esta postagem hoje, porque percebi que foram relevantes minhas reflexões feitas através das leituras propostas na Interdisciplina para a realização desta primeira parte do trabalho de Pôsteres, que foram as entrevistas com alunos da EJA. E acredito que estas mesmas leituras, fóruns e demais atividades elaboradas até o momento, me fornecerão os subsídios necessários para a elaboração do texto e montagem da versão final do trabalho.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Reflexões sobre a Interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação

Quando realizei a atividade do enfoque temático n° 5 sobre “Temas Geradores” da Interdisciplina de Didática, fiz a leitura do capítulo que fala sobre “A Dialogicidade – Essência da Educação como prática da Liberdade”, de Paulo Freire. Já conhecia o texto porque tinha realizado esta mesma leitura, juntamente com outros capítulos do livro “Pedagogia do Oprimido” para a realização de atividades da Interdisciplina de Escola, Cultura e Sociedade no semestre V. Porém, desta vez esta leitura juntamente com os estudos sobre os “temas geradores” propostos pela Interdisciplina de Didática me remeteram a um outro olhar trazendo significações relevantes que estão contribuindo para a formação de novos sentidos para a minha prática profissional e para a minha vida pessoal também. Conforme o meu entendimento nas práticas docentes com jovens e adultos, o “tema gerador” provoca e significa o assunto que vai gerar o trabalho a desenvolver com os alunos e desta forma permitirá e possibilitará que o educando entenda o contexto que está inserido. Basta refletirmos para constatarmos que os “temas geradores” são infinitos porque o “universo mínimo temático” (Freire) é infinito. Através do trabalho com “temas geradores” na EJA (e em qualquer instituição de ensino), acredito que não podemos repor o conhecimento dos alunos, mas sim propormos novas formas de conhecimento através da experiência de vida destas pessoas que os faz detentores de diversos saberes que adquiriram e os constituíram ao longo de suas vidas. A única forma de propormos trabalhos pelos “temas geradores” é através da dialogicidade “essência da educação como prática da liberdade” (Freire), onde a educação autêntica se faz pela mediatização do mundo, entre professores e alunos “impressionados e desafiados uns aos outros, originando visões ou pontos de vista sobre ele, visões impregnadas de anseios, dúvidas, certezas, esperanças que implicitam temas significativos aos quais se constituirão o conteúdo programático da educação” (Freire). Os “temas geradores” podem surgir, por exemplo, na discussão sobre a segurança, iluminação, emprego, saneamento e saúde da rua ou cidade onde moram. Também podem surgir através de receitas de bolo, informações sobre o seu trabalho, construção de hortas, organização da casa (no caso das donas de casa), enfim, como já disse existe uma infinidade de assuntos do seu cotidiano que podem ser desenvolvidos.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Didática, Planejamento e Avaliação.

O modo como à sociedade encara a palavra profissão mudou e tende a mudar mais ainda. A evolução da tecnologia e das comunicações aumentou e para tal é necessário o aperfeiçoamento contínuo de profissionais, já que estas (tecnologia e comunicações) ordenam inovações, numa economia mais competitiva. As pessoas terão de ser mais eficientes e para isso, trabalhar e estudar mais. Para a organização do trabalho é necessário profissionais que tenham diversas aptidões. Ou que além da sua formação acadêmica, realize estudos através de cursos, numa educação continuada, para entender e poder trabalhar em outras áreas. Essa pressão pela atualização constante em busca de conhecimentos, dá-se devido às novas necessidades do mercado.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

"Qual é o teu entendimento sobre letramento social?? No que ele difere da alfabetização propriamente dita??"

O letramento social é o desenvolvimento da consciência crítica. E infelizmente a alfabetização visa a decifração do código escrito e o ensino dos diversos conteúdos que o sistema educacional impõe. Na verdade, penso que a alfabetização deveria ocorrer como forma de levar os alunos (crianças, jovens e adultos) a organizar reflexivamente seus pensamentos, desenvolvendo sua consciência crítica, introduzindo-se na sociedade num processo de democratização da cultura e da libertação. O que quero dizer é que na alfabetização deveria ocorrer o letramento social e o letramento social deveria ocorrer juntamente com o letramento escolar no ensino fundamental, médio, EJA, ensino superior. Acredito que desta forma teríamos uma sociedade mais justa e de igualdade para todos.

Alfabetização de jovens e adultos

A alfabetização de jovens e adultos deve ser vista e compreendida como um dos vários atos de conhecimentos da vida. Devendo propiciar a reflexão crítica sobre os significados do que se está lendo e escrevendo. Desta forma é possível que os alunos sejam os sujeitos do processo de aprendizagem da leitura e da escrita, através de um projeto, por exemplo, sobre temas que partam dos seus meios de convívio, procurando e investigando. Já que as intenções na procura pela alfabetização nesta fase da vida, além do diploma, é a troca de saberes das diversas áreas sociais em que estas pessoas se encontram.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

EJA

Realmente trabalhar na EJA, como educadora, não parece ser nada fácil. Em primeiro lugar, não podemos pensar que iremos realizar nas aulas o mesmo tipo de trabalho tal qual fizemos com nossos alunos (crianças) nas séries iniciais. Com os jovens e adultos, devemos levar em conta, ainda mais do que com as crianças, todo o conjunto de conhecimentos e saberes que obtiveram no decorrer de suas existências, como também, as suas para analisar e organizar-se criticamente. Também não podemos nos iludir em utilizar “palavras simbólicas” como política, sociedade, igualdade entre outras, e acharmos que estamos realizando um trabalho de letramento e alfabetização de adultos, interativo, proporcionando a criticidade aos alunos, quando na verdade estamos sim, realizando um trabalho de ensino-aprendizagem mecânico. O que percebo com o texto de Regina Hara “Alfabetização de Adultos, ainda um desafio” é que são necessários estudos maiores para a utilização de metodologias coerentes a EJA. Observo que as coisas são bem mais profundas do que havia imaginado.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Libras

Algumas pessoas vêem a surdez como um defeito que deve ser curado e remediado, entre elas, alguns médicos. Outras pessoas ainda acham que os surdos teriam que aprender a falar oralmente, além da língua de sinais, para poderem participar da sociedade. Eu, não concordo, pois acredito que as pessoas surdas podem fazer tudo e considero a língua de sinais plena, sendo capaz de expressar como qualquer outra língua falada. Sei de muitos surdos que ao longo de suas vidas, abandonam a oralidade e ficam usando somente a língua de sinais. Muitos, além de sinalizar na comunicação face a face, escrevem com as mãos, pés, braços e pernas (nos casos de deficientes físicos) para se comunicar com outras pessoas da comunidade surda ou não, através do fax, email, MSN e orkut.

domingo, 27 de setembro de 2009

Letramento, Alfabetização

Concordo com Kleiman, quando cita que Paulo Freire via a alfabetização como uma forma de levar o analfabeto a organizar reflexivamente seu pensamento, desenvolvendo sua consciência crítica, introduzindo-se na sociedade num processo de democratização da cultura e da libertação. Compreendo que da forma como Freire colocava que deveria ocorrer a alfabetização, automaticamente estaria ocorrendo, o letramento social que é o desenvolvimento da consciência crítica. Acredito que desta forma teríamos uma sociedade mais justa e de igualdade para todos. Concordo também ser um fato preocupante o crescimento da marginalização de grupos sociais que não conhecem a escrita, mas penso também ser preocupante em nosso país, as pessoas alfabetizadas e o crescimento de grupos sociais alfabetizados, que não tiveram o letramento social, apenas aprenderam o tipo de letramento escolar.

Letramento escolar e social

Os padrões de ensino que as escolas seguem, ou seja, aquilo que se deve ser ensinado e aprendido, na verdade, são ditados de acordo com regras, necessidades e interesses políticos e econômicos, para atender determinados espaços da sociedade. Por isso, mesmo a escola sendo a mais importante agência de letramento, se restringe a ensinar conteúdos específicos, aos quais os alunos são submetidos à avaliação constante, para medir a quantidade e com que qualidade, aprenderam e armazenaram. Isso tudo com objetivos de promoção escolar.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

"Alfabetização e a pedagogia do empowerment político"

A alfabetização crítica é o início de um trabalho pedagógico radical e de ação social.
Precisamos como educadores, de espaço para diálogo crítico, ler, refletir, trocar idéias e partilhar saberes e dúvidas. Para a partir disso, produzir os materiais escolares.

"Alfabetização e a pedagogia do empowerment político"

Penso que para realizar uma pedagogia crítica de acordo com a alfabetização de Paulo Freire e Macedo seria fundamental criar condições pedagógicas em sala de aula para que todos os alunos, independente de cor, raça, sexo ou classe social possa falar e ser ouvidos, contribuindo para as transformações de uma nova política cultural. Essas contribuições dos alunos devem, ao mesmo tempo, estar vinculadas a projetos possíveis de interesses “ontológicos, epistemológicos, éticos e políticos que representam”. Divergências e diálogos são fundamentais para que as construções sociais iniciem desde as salas de aulas, sendo ponto de partida, as comunidades.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Sobre alfabetização de crianças, jovens e adultos.

Após alguns estudos realizados neste início de semestre, penso que a alfabetização, tanto para os jovens e adultos quanto para as crianças, deveria ter como objetivo fazer com que se emancipassem politicamente, lutando por um futuro melhor, transformando a sociedade em uma sociedade mais justa para todos. Gostaria que a alfabetização e a escola, (a escola por trabalhar sempre baseada em promoções por séries e anos) não acabassem por beneficiar somente os grupos melhores sucedidos economicamente. Gostaria que as escolas trabalhassem mais com as histórias dos alunos e propiciasse espaços para suas reflexões, análises e pensamentos críticos, ou seja, uma alfabetização mais no sentido de construção social. E não somente se deter a ensinar os conteúdos que tem intenção de qualificar as pessoas para determinadas funções no mercado de trabalho.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II

Os processos de aprendizagem, segundo Piaget, na teoria construtivista, se dão pelo ambiente em que os alunos estão inseridos, como também, a forma como estes se relacionam. Compreendo então, que o desenvolvimento moral, da criança está presente em todos os momentos: dentro da sala de aula, na hora do recreio, em casa, na rua, etc. É fato que deve ser trabalhada (moralidade) constantemente, em todas as disciplinas como ciências, matemática, estudos sociais, português, educação física. E não, simplesmente ser restringido a uma disciplina, como já foi há alguns anos atrás (moral e cívica). Existem dois tipos de morais, descritas por Piaget (1994): a heteronomia e a autonomia.

Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais

Para educar em meio a tantas diversidades, acredito ser necessário um currículo que abranja todos os alunos, em suas particularidades. Precisamos de qualidade no ensino para suprir uma sociedade atual e futura, onde o maior bem, é e será, o conhecimento. E para iniciar um trabalho de qualidade, para uma turma, com alunos diferentes, podemos partir do ponto de que cada aluno sabe alguma coisa e que podem aprender muitas outras, de acordo, com o seu rítimo individual. (Pistóia, Lenise Caçula. “Diversidade e Currículo”).

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais

Conforme Fierro no texto, “Os alunos com deficiência mental”, a medição da inteligência nasceu a partir do objetivo de escolarizar as crianças. Isso diferenciou as crianças capazes das “incapazes” de freqüentar as escolas públicas da Europa, a tempos atrás...
Nestes testes de medição de QI foram comprovados erros que alteraram os resultados. Além disso, alguns programas educacionais de “ensinar a pensar ou de melhorar a inteligência”, mostraram também que o QI não é tão estável quanto se pensou, por alterar a pontuação dos testes de intelecto de pessoas com deficiência mental.
Ainda no texto de Fierro, "Os alunos com deficência mental", compreendi melhor, a preferência pela rotina apresentadas, pelas pessoas com baixa capacidade intelectual, já que estas lhe proporcionam segurança. Tais preferências de rotinas, podem e devem ser aproveitadas em trabalhos repetitivos. O que serve, para que estas pessoas, possam custear suas despesas. Por outro lado, educacionalmente, seria na novidade de atividades, em “doses razoáveis de acordo com cada um”, que teriam um melhor desenvolvimento pessoal.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Questões Étnico Raciais

Conforme o texto de Petersen, Bergamaschi e Santos, “Semana Indígena: Ações e Reflexões Interculturais na Formação de Professores”, observei que as crianças com as suas palavras demonstraram saber e perceber o que as autoras descreveram, sobre a “terra dos mil povos”: com diversas tribos de diferentes línguas, características culturais e econômicas, que aqui existiu um dia. Logo chegaram à conclusão de que alguma coisa aconteceu. Pois essas quantidades de povos indígenas diversificados, não existem mais.
A respeito da nossa descendência africana, percebi uma resistência muito grande. Como diz no texto de Paré, “Auto-Imagem e Auto-Estima na Criança Negra: um olhar sobre o seu Desempenho Escolar”, a “discriminação na escola é um reflexo dos preconceitos na sociedade brasileira”. Mesmo os mestiços, que possuem características de cor e traços evidentemente de descendência negra e indígena, não se auto-reconheceram e mencionaram também descendência européia pura. E intrigante que os demais colegas de cor branca, cabelos louros e olhos azuis, não questionaram o fato dos mestiços serem de tal cor e citar as mesmas descendências que as suas. Não por não perceberem, mas talvez para não terem que questionar sobre “algo embaraçoso”.

domingo, 7 de junho de 2009

Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais

No texto de Cleonice Bosa, “Autismo: Atuais interpretações para antigas observações”, interessou-me, a parte em que fala que os estudos mais recentes comprovam que “nem todos os autistas mostram aversão ao toque ou isolamento”. E que algumas crianças portadoras desta síndrome buscam o contato físico com seus pais e professores. O que acontece é que mostram uma forma de comunicação diferente e se esforçam muito para serem compreendidas. A autora cita um exemplo de uma criança que se refere a “Maria Amarela” para se referir a casa de uma pessoa que é sua conhecida (a cor da casa era amarela). Esse comportamento de isolamento, muitas vezes, seria devido a falta de compreensão pelo que está acontecendo a sua volta.

domingo, 31 de maio de 2009

Explorando Projetos de Aprendizagem na Educação a Distância:

Enviamos um resumo explanado e nos inscrevemos para a categoria “Relatos”, para o 4° e 5° Salão de Graduação e EAD, da UFRGS. As inscrições foram em abril e o Salão ocorreu nos dias 27, 28 e 29 de maio de 2009.
O resumo explanado era sobre o Projeto de Aprendizagem que realizamos no Semestre V, Interdisciplinas de Seminário Integrador V e Projeto Pedagógico em Ação, professor (as) Nádie Christina Ferreira Machado e Eliana Ventorini.
No resumo explanado descrevemos nossas descobertas sobre o tema pesquisado, mas nosso objetivo maior foi destacar a utilização das ferramentas tecnológicas, através do Rooda, no Webfólio do grupo, criado por nós (Rooda é uma das plataformas disponibilizadas pela UFRGS para o trabalho pedagógico á distância) e do Pbwork (uma ferramenta que permite a interação, a criação de páginas e a construção coletiva de conteúdos) para desenvolver uma metodologia de trabalho à distância, no nosso caso o PA (Projeto de Aprendizagem).
Descrevemos a importância dos encontros virtuais entre os integrantes do grupo, através também do MSN (Chats) e troca diária de e-mails.
Não esquecemos de evidenciar todos os registros que fizemos no Diário de Bordo do Grupo no Rooda, onde citávamos tanto o rendimento do grupo nos encontros presenciais, quanto nos virtuais.
O Fórum foi a “estrela” da apresentação por ter sido criado e mediado pelas componentes do grupo durante todo o projeto. Servindo como um espaço de interação entre o grupo. Espaço onde marcávamos desde a hora e o local dos encontros, até a listagem de perguntas para entrevistas e detalhes precisos sobre a pesquisa.
Também como foco no relato, falamos sobre a Biblioteca Digital da UFRGS, na qual utilizamos as dissertações acadêmicas como fonte (inesgotável) de pesquisa.
Observamos que ainda não conhecemos a Biblioteca da UFRGS, fisicamente.
Constatamos que é perfeitamente possível realizar pesquisa a distância, no sentido de obter as informações e dados necessários ao tema e quanto à distância entre os integrantes do grupo.
Quase me esqueço de falar à pergunta que escolhemos para desenvolvermos o nosso PA (projeto de aprendizagem): “O que é sonambulismo?”. Digo que quase me esqueço da pergunta do projeto, porque a nossa aprendizagem marcante foi como explorar projetos de aprendizagem na educação á distância.
E o que fomos apresentar com humildade e ao mesmo tempo orgulho e satisfação em realizar o sonho de participar do 4° e 5° Salão da UFRGS de Graduação e EAD em Porto Alegre, não foi apenas o “produto final”, no caso a pesquisa sobre o tema. Mas todo o processo realizado para chegar até ele. Esta foi uma caminhada repleta de anseios, curiosidades, amizade, divergências de opinião, surpresas e obstáculos e muita colaboração, que contribuíram para o meu conhecimento, para o meu crescimento pessoal e para a minha caminhada profissional.
Agora eu sinto que posso ir além, perdi o medo e acredito que todos os colegas de curso também podem.
Tenho grandes projetos futuros e se Deus quiser ( e ele quer e eu também) e com a minha força de vontade, vou conseguir.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Educação de Pessoas com Necessidades Especiais

A partir do livro "Conhecendo o aluno com deficiência física" de Bersch e Machado, observei na página 18 do capítulo I, que independente da deficiência física do aluno, ele responderá aos desafios diários encontrados no meio (no caso na escola de ensino regular) a partir do desenvolvimento de novas habilidades ou de habilidades que não desenvolvera.
O que comprova isto são os estudos sobre plasticidade neural, que demonstra que o “ser humano é ilimitado, apesar das condições genéticas ou neurológicas”.
O aluno então, independente da sua condição, aprende com o colega, com a sua turma, com a professora, com a escola, com os pais...
Mas, seguindo estes estudos e partindo do ponto que temos que tratar o aluno deficiente com a maior normalidade possível, já que ele mesmo pode superar suas deficiências e limites, então, não teríamos que nos deter em preparar atividades a parte para este aluno. As aulas seriam para “todos”.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Filosofia da Educação

Após assistir o filme "O Clube do Imperador", em minha opinião a decisão do professor foi moralmente incorreta, na cena onde ocorre a competição de conhecimentos e ele descobre que um aluno está colando.
O caráter de um indivíduo é formado a partir dos exemplos de seus familiares e pessoas próximas, mas também pode ser alterado conforme a sua conduta nas brincadeiras e aprendizagens desde a infância. Se cometer erros como a mentira, o plágio ou o engano deve ser punido e corrigido, principalmente quando esses deslizes ocorrem por vaidade e ambição.
Reforço que neste conflito moral, a solução tomada pelo professor foi incorreta. E isto se refletirá mais tarde aparecendo inclusive, nas próximas cenas do filme, onde o aluno cola novamente. Mas estando agora na fase adulta, casado e com filhos, como um político bem sucedido e provavelmente corrupto, sucessor de seu falecido pai.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais

O texto “Políticas de Melhoria da Escola Pública para Todos: Tensões Atuais” de Prieto, Rosângela nos trás várias informações. Como por exemplo, que apesar dos vários documentos existentes garantindo que “todo homem tem direito a instrução”, o número de pessoas com necessidades educacionais especiais que recebem atendimento educacional, não ultrapassam 10%. Provavelmente isto seja devido à imprecisão das definições dos conceitos sobre portadores de deficiências e necessidades educacionais especiais, utilizados nos documentos legais.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Seminário Integrador VI

Análise do meu Relatório sobre o PA “Reaproveitamento do Lixo”

Realmente este Projeto de Aprendizagem aguçou a minha curiosidade e criticidade no sentido de me interar sobre de que forma o reaproveitamento do lixo pode influenciar no desenvolvimento deste município, Itati.
Apesar de saber do empenho do grupo para realizar o projeto, observei que a pesquisa não responde ao que a pergunta sugere “desenvolvimento”. Esta palavra nos dá um sentido muito amplo, desenvolvimento pode ser: econômico, financeiro, qualidade de vida ou até conscientização da população.
Volto atrás quando disse que todas as certezas poderiam ser resumidas em duas: “O reaproveitamento de lixo gera qualidade de vida” e “A reciclagem gera ou amplia renda”. Constato que a certeza: “O reaproveitamento de lixo gera qualidade de vida”, seria suficiente, pois subentendo que ter uma renda mensal digna que propicie as necessidades, pelo menos básicas de uma família, também faz parte da “qualidade de vida”.
Relendo o meu relatório, esqueci de mencionar que senti falta dos dados obtidos pelo grupo nas entrevistas, pesquisas e saídas de campos: com autoridades locais, Emater, Sema, secretaria da Agricultura, usina de reciclagem, coletadores e depósitos de lixo. Talvez isso se dê devido ao fato do projeto estar em andamento.
Nestes dados poderia estar contida a resposta para o projeto. Quantas pessoas direta e indiretamente, estão ou estarão inseridas neste projeto de reaproveitamento de lixo? E quantas famílias são ou serão beneficiadas, aumentando a sua renda? Qual o valor? Será em forma de cooperativas, como funciona ou funcionará?
Através da explicitação poder-se-ia constatar se o desenvolvimento de Itati pode ser significativo ou não mediante reaproveitamento do lixo. O grupo poderia ir além, buscando informações de outros municípios que fazem o reaproveitamento e tentar adaptar ou comparar a realidade de Itati.
Enfim, me encantei pela pergunta e vejo um “leque de opções”, para que o grupo continue buscando as respostas desenvolvendo este projeto.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Educação de Pessoas Com Necessidades Educacionais Especiais

Surge outra questão muito séria, a de quem irá diferenciar as dificuldades comuns das incomuns. Para que então possa ser feito o devido encaminhamento. Concordo que estudos devem ser propiciados aos educadores, através “da ampliação das produções teóricas que auxiliem a compreender” e colocar em prática “organizações curriculares e suas alterações, quando necessárias” para “atender à diversidade de características de aprendizagem” de cada aluno.
(Prieto, Rosângela, Sessão Especial - Políticas de Melhoria da EScola Pública Para Todos: Tensões Atuais)

Educação de Pessoas Com Necessidades Educacionais Especiais

O texto de Prieto, Rosângela Gavioli – FE/USP Sessão Especial – “Políticas de Melhoria da Escola Publica para Todos: Tensões Atuais” nos faz refletir sobre a situação atual da Educação no Brasil, referente à universalização (entendo que se refere à inclusão) do acesso ao ensino fundamental e ensino médio para todos.
Percebo que os conceitos de aluno especial, foram evoluindo ao longo dos tempos. Antes essas definições se atribuíam apenas às crianças portadoras de deficiências físicas, mentais, visuais e auditivas extremamente evidenciadas.
No entanto, hoje aluno especial pode ser aquele que em um determinado momento da sua vida escolar, apresente dificuldades ou facilidades incomuns. E venha a necessitar de recursos que o auxiliem o seu desenvolvimento, evitando a desmotivação, a evasão, a reprovação e a exclusão deste estudante na instituição de ensino e na sociedade, consequentemente.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais

Salas de “MULTIMEIOS” em “escolas pólos” com professores e espaços especializados para atender a região.
Foi uma das ações e estratégias, desenvolvidas para incluir alunos com necessidades, adotadas pelo município de Florianópolis/SC. Isso demonstra que este município assumiu uma posição inclusiva através de políticas pedagógicas. Conforme entendimento do texto “Política de Educação Inclusiva e Trabalho Pedagógico: Uma análise do Modelo de Educação Especial na Educação Básica” de Rosalba Maria C. Garcia.
Porém em Três Cachoeiras/RS, teríamos que partir num primeiro momento, de uma conscientização das formas organizativas do trabalho pedagógico e formação dos professores, como também nos apropriar de informações sobre os recursos financeiros que o município disporia para tais projetos.

Filosofia da Educação

Reflexões sobre o mesmo texto: "O Dilema do Antropólogo Francês"
Argumento que é provável, mas não é certo que venham outros homens brancos para a ilha. E se vierem e não tiverem uma boa conduta, assim como a de Claude, os nativos irão perceber as diferenças. Até porque se eles mesmos (os nativos) já se questionaram, perguntando: “se todos os homens brancos são mensageiros dos deuses?”, é porque no fundo, tem dúvidas sobre suas próprias crenças.
Por isso, neste caso, concordo com a mentira.
E digo mais, cabe a cada um, assim como a cada povo, aprender a partir das suas descobertas vivenciadas. No caso do antropólogo, se falasse o que pensou, estaria “ensinando e catequizando” os nativos a partir da sua cultura.

Filosofia da Educação

Apesar da função do meu grupo ter sido de "acusar" o antropógo francês, referente ao texto: "O dilema do antropólogo francês", e eu ter participado juntamente com as colegas na apresentação dos três argumentos: mentira, oportunismo e egoísmo, confesso que eu o defendia.
Ao ler o texto algumas vezes, como já disse, pessoalmente eu o defendia, por partir do princípio de que cada indivíduo tem as suas crenças e até que ponto podemos interferir "contando a verdade".

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais

Na lei 9394/96 é assegurado “terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências”. No caso do aluno que citei como exemplo anteriormente no dossie de inclusão (http://dossieinclusaosimoneluci.pbwiki.com/FrontPage), ele está com 15 anos na 5ª série, enquanto seus colegas de classe têm aproximadamente entre 10 e 11 anos. Então este aluno, reprovou em anos anteriores. E o que faltou para ele, provocando tal deslocamento em relação à faixa etária, foi justamente o que a lei assegura, (citado entre hífens).
O texto “Atendimento Educacional Especializado - concepção, princípios e aspectos organizacionais" de Denise Lves e Marlene Gotti ...” frisa a importância de promover a educação que não exclua as pessoas por causa das suas limitações, mas que as inclua devido as suas potencialidades. Essas diferenças são consideradas como um fator de enriquecimento do processo educacional.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais

Compreendi através do texto do professor Cláudio Roberto Baptista, “A inclusão e seus sentidos: entre edifícios e tendas” que podemos superar a forma tradicional com a qual estamos habituadas a trabalhar (ou a presenciar nas escolas que é colocada pelo professor como uma “pedagogia tradicional”) através da “cooperação e do diálogo”. E seria através dessa superação que poderíamos entender melhor os vários sentidos da inclusão escolar e como poderíamos realmente “colocar as mãos na massa...”
Não esquecendo que essa “superação” não pode ser total, mas sim “incompleta” devido a sua dimensão que abrange: formação de educadores, educação de qualidade, disciplinas específicas, integração e uma infinidade de processos de transformações no âmbito educacional.
Essa “pedagogia tradicional” o professor relaciona a “edifícios didáticos” construídos solidamente sobre blocos de conhecimentos obtidos por experiências toscas e sugere que continuemos na busca de “integração/conclusão” na “construção das tendas” que nada mais é do que a nossa coragem de questionar os ideais educativos, trocar idéias e tentar inovar.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II

Ainda sobre os estudos do texto “Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos” de Becker, Fernando. In: Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001 acredito ser a forma de ensino mais apropriada para as diferentes realidades dos alunos e professores nas escolas, a pedagogia relacional. Através dela professores e alunos saem ganhando conhecimentos e aprendizagens.
O professor pode preparar as aulas sobre um determinado conteúdo, trazendo ou sugerindo que os alunos tragam um material para a sala de aula a fim de que desenvolvam pesquisa, façam projetos e apresentem para os colegas as suas dúvidas, incertezas, certezas e as conclusões chegadas. Esses materiais podem ser livros, revistas, jornais, internet e entrevistas sobre o assunto feita pelos próprios alunos. As conclusões dos trabalhos podem ser demonstradas e apresentadas através de teatros, maquetes, slides e cartazes.
“A tendência, nessa sala de aula é a de superar, por um lado, a disciplina policialesca e a figura autoritária do professor que a representa, e, por outro, a de ultrapassar o dogmatismo do conteúdo” (Becker, Fernando. Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos).
A partir de um mesmo conteúdo surgiria uma série de perguntas e as respostas das quais originariam opções para outras perguntas e para mais pesquisa. Da mesma forma também seriam utilizadas as experiências de cada aluno, levando em consideração o seu passado cultural, histórico, social para a construção de um presente e a busca de um futuro melhor.
Seria esta uma forma de construção de aprendizagem e de conhecimentos infinitos sobre os conteúdos que o currículo da escola tem como meta. E essa forma de aprendizagem relacional, digo, de pedagogia relacional tem como objetivo melhorar a nossa formação e a de nossos alunos em cidadãos críticos, questionadores e conscientes da sua importância para a construção do mundo.

Interdisciplina Educação de Pessoas com Necessidades Especiais:

Um exemplo de uma colega (Stela) no fórum desta Interdisciplina nos coloca frente a uma das situações da inclusão, a avaliação.
A colega nos coloca que um aluno seu “especial” não foi alfabetizado, porém atingiu o nível pré-silábico o que não garantiu a sua aprovação. Este aluno, apesar da sua deficiência, superou seus limites e quase conseguiu. No caso de alunos assim, talvez a avaliação devesse seguir outros critérios, de acordo com as limitações (da deficiência).

domingo, 29 de março de 2009

Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II

O texto de Becker, Fernando. Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos. In: Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001 me fez refletir sobre que tipo de pedagogia realmente aplicamos até agora com nossos alunos, ou que tipo de pedagogia está sendo aplicada com nossos filhos na escola ou ainda a que tipo de pedagogia fomos submetidos quando estávamos, por exemplo, no ensino fundamental...
Lembrei-me que morria de medo da professora (brava) “diretiva” que exigia silêncio absoluto para “dar a sua aula” que trazia preparada.
Lembrei-me da professora (relapsa) “não-diretiva” onde a aula dela era uma tortura porque eu tinha na maioria das vezes que adivinhar as respostas.
E finalmente lembrei-me da professora (legal, ótima) “relacional” que fazia da aula um encontro maravilhoso, repleto sempre de descobertas e novidades.
As expressões que estão entre parênteses eram as que eu e meus colegas usávamos para descrever as professoras naquela época. Não era por mal, mas era a forma simples de crianças interpretarem as diferentes pedagogias aplicadas.
Felizmente vivemos em outros tempos, onde temos a possibilidade de estudar e melhorar diferentes formas de ensinar e aprender conhecimentos para e com nossos alunos.