quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mudanças observadas nas práticas pedagógicas associadas aos 3 eixos anteriores

Durante as minhas práticas pedagógicas no estágio, pude perceber a contribuição das aprendizagens ocorridas nos três primeiros eixos, pois quando realizei as observações que antecederam e se estenderam ao longo deste período, um olhar treinado para registrar situações em sala de aula, levaram-me a constatar as principais necessidades de meus alunos, sendo as das tecnologias de leitura e de escrita. A partir, destas observações, registros e constatações, concluí que a melhor metodologia a ser aplicada, seria a de Projetos de Aprendizagem.
Esta foi uma mudança notável e que surtiu resultados positivos no comportamento dos meus alunos, pois até então as leituras e escritas, decorriam apenas por indicação do professor. E com os PAs, despertou-se o interesse em buscar espontaneamente leituras que iriam responder dúvidas e certezas, ao mesmo tempo, em que registrando as descobertas, produziam seus próprios textos.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Eixo III – relacionando com o TCC...

Ao realizar uma busca em meus materiais impressos de estudos e atividades postadas em meu webfólio, realizadas no Semestre III, deparei-me com o artigo “Infância e Literatura Infantil” de ASBAHR, Melissa Cristina Correa e LAJOLO, Marisa., da Interdisciplina de Literatura Infantil, que lembrou-me sobre reflexões a cerca da maneira individual com que cada leitor descobre, a medida que se envolve, outros fenômenos, transportando-se para um universo imaginário, fazendo parte de outras vidas ou tornando-se outras pessoas.
Relacionando com a tecnologia da leitura, um dos conceitos principais do meu TCC, que exige habilidades próprias para tal, diferentes das habilidades da língua escrita, tratando-se dos inúmeros contos de fadas tradicionais, na maioria, refletem anseios de ascensão social dentre mulheres e pessoas das classes menos favorecidas economicamente, retratando diferentes histórias que compõem as condições difíceis de vida, de situações de carência e pura pobreza, que pela linguagem poética e “colorida”, a mensagem por mais simples que possa ser não é compreendida, nos processos de leitura.
O que é uma pena, pois a leitura é parte fundamental do desenvolvimento do raciocínio lógico e do intelecto, já que o indivíduo que lê e compreende o que está lendo, vai tornar-se uma pessoa articulada, que saberá convencer e persuadir.
Ler é teatrar, é musicalizar e se expressar. Ler a qualquer história, ler os rostos das pessoas, ler nós mesmos, com objetivos de interpretá-los e de nos interpretar também, teorizando e debatendo, discutindo ou apenas colocando em prática, é uma arte, independente do conceito de literatura. Pois, podemos classificar como literatura, desde as histórias de assombração ouvidas em volta das fogueiras, até as algumas linhas rabiscadas em momentos especiais para alguém.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Eixo II, relacionando com o TCC...

Alfabetização e Letramento de Magda Soares, um dos livros que estou lendo para a elaboração de meu TCC, trata da alfabetização e alfabetismo/letramento. Algumas idéias da autora remeteram-me a estudos realizados na Interdisciplina de Fundamentos da Alfabetização, semestre II, sobre alguns métodos de alfabetização, infelizmente ainda aplicados, onde os alunos aprendem a ler as palavras sem a preocupação em entender seus significados e deixando a interpretação e compreensão dos textos para uma segunda etapa.
A alfabetização nada mais é do que o processo de aprendizagem da leitura e escrita. Já o letramento está além do aprendizado da leitura e escrita, sendo a forma como o indivíduo fará o uso do ler e escrever para a sua inserção na cultura, na sua maneira de relacionar-se com as outras pessoas alterando sua forma de viver e sua posição na sociedade.
Conheço várias pessoas que dominam as regras da técnica do ler e escrever, ou seja, são alfabetizadas ou decodificadoras, mas não letradas.
Pesquisando, encontramos artigos e livros de décadas atrás que falam sobre “alfabetização e letramento”, como duas “coisas” com significados distintos, o que comprovamos ainda na atualidade.
Penso que o alfabetizado deveria ser letrado e o letrado alfabetizado, então teríamos o alfabetismo, termo que define, nos países de 1 ª mundo, a capacidade das habilidades de leitura e escrita, que respondam as demandas sociais, proporcionando progresso profissional, promoção da cidadania, mobilidade social, desenvolvimento cognitivo e econômico (Soares, 2003).

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Eixo I, relacionando com o TCC...

Ao definir a pergunta central para o meu TCC (Quais as mudanças que os projetos de aprendizagem provocam na leitura e na escrita?) retomei o meu diário de estágio (Semestre VIII), para analisar os “relatos de fatos”, realizados diariamente, onde descrevia com detalhes um fato especial que me chamara a atenção durante cada aula. Isto me lembrou de alguns estudos realizados na Interdisciplina de Seminário Integrador I, que objetivavam desenvolver e apurar o nosso olhar.
Neste último semestre de curso, para produzir o meu TCC, é fundamental a análise feita em cima dos dados que possuo, registrados a partir do meu olhar, sobre as experiências, que ocorrera no estágio.
Agora percebo com clareza, a importância destes exercícios que treinaram o olhar, para as observações e os registros das várias situações em sala de aula, onde pude constatar se houve ou não, por exemplo, aprendizagens, através da metodologia (PAs) proposta.
Ao desenvolver as primeiras escritas para o TCC, ao ler o livro do autor escolhido e os artigos, também estou diante do registro sob o olhar de uma outra pessoa, cabendo a mim, analisar, concordando ou não.
Bom, com o passar de algum tempo, posso até mudar de opinião, como já mudei sobre outras coisas, mas neste momento, desconfio de tudo que leio e que ouço, pois o ato de registrar puro e simplesmente certo dado, quer seja escrito ou oral, é um grande desafio, talvez superado por poucos. Já que a maioria das pessoas coloca nas suas observações o seu olhar e consequentemente a sua própria forma de registrar, o que acha e entendeu que aconteceu, sendo que nem sempre o que se entende é aquilo que realmente é, comprometendo os dados em si, da pesquisa.
Por tudo isso repito, que olhar, observar e registrar é mesmo um grande desafio e talvez o maior do pesquisador que tem um trabalho de escrita a desenvolver, porque se não há certeza de que vimos o que vimos, mesmo considerando que as certezas são variáveis, os registros não serão fidedignos.