quarta-feira, 30 de setembro de 2009

EJA

Realmente trabalhar na EJA, como educadora, não parece ser nada fácil. Em primeiro lugar, não podemos pensar que iremos realizar nas aulas o mesmo tipo de trabalho tal qual fizemos com nossos alunos (crianças) nas séries iniciais. Com os jovens e adultos, devemos levar em conta, ainda mais do que com as crianças, todo o conjunto de conhecimentos e saberes que obtiveram no decorrer de suas existências, como também, as suas para analisar e organizar-se criticamente. Também não podemos nos iludir em utilizar “palavras simbólicas” como política, sociedade, igualdade entre outras, e acharmos que estamos realizando um trabalho de letramento e alfabetização de adultos, interativo, proporcionando a criticidade aos alunos, quando na verdade estamos sim, realizando um trabalho de ensino-aprendizagem mecânico. O que percebo com o texto de Regina Hara “Alfabetização de Adultos, ainda um desafio” é que são necessários estudos maiores para a utilização de metodologias coerentes a EJA. Observo que as coisas são bem mais profundas do que havia imaginado.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Libras

Algumas pessoas vêem a surdez como um defeito que deve ser curado e remediado, entre elas, alguns médicos. Outras pessoas ainda acham que os surdos teriam que aprender a falar oralmente, além da língua de sinais, para poderem participar da sociedade. Eu, não concordo, pois acredito que as pessoas surdas podem fazer tudo e considero a língua de sinais plena, sendo capaz de expressar como qualquer outra língua falada. Sei de muitos surdos que ao longo de suas vidas, abandonam a oralidade e ficam usando somente a língua de sinais. Muitos, além de sinalizar na comunicação face a face, escrevem com as mãos, pés, braços e pernas (nos casos de deficientes físicos) para se comunicar com outras pessoas da comunidade surda ou não, através do fax, email, MSN e orkut.

domingo, 27 de setembro de 2009

Letramento, Alfabetização

Concordo com Kleiman, quando cita que Paulo Freire via a alfabetização como uma forma de levar o analfabeto a organizar reflexivamente seu pensamento, desenvolvendo sua consciência crítica, introduzindo-se na sociedade num processo de democratização da cultura e da libertação. Compreendo que da forma como Freire colocava que deveria ocorrer a alfabetização, automaticamente estaria ocorrendo, o letramento social que é o desenvolvimento da consciência crítica. Acredito que desta forma teríamos uma sociedade mais justa e de igualdade para todos. Concordo também ser um fato preocupante o crescimento da marginalização de grupos sociais que não conhecem a escrita, mas penso também ser preocupante em nosso país, as pessoas alfabetizadas e o crescimento de grupos sociais alfabetizados, que não tiveram o letramento social, apenas aprenderam o tipo de letramento escolar.

Letramento escolar e social

Os padrões de ensino que as escolas seguem, ou seja, aquilo que se deve ser ensinado e aprendido, na verdade, são ditados de acordo com regras, necessidades e interesses políticos e econômicos, para atender determinados espaços da sociedade. Por isso, mesmo a escola sendo a mais importante agência de letramento, se restringe a ensinar conteúdos específicos, aos quais os alunos são submetidos à avaliação constante, para medir a quantidade e com que qualidade, aprenderam e armazenaram. Isso tudo com objetivos de promoção escolar.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

"Alfabetização e a pedagogia do empowerment político"

A alfabetização crítica é o início de um trabalho pedagógico radical e de ação social.
Precisamos como educadores, de espaço para diálogo crítico, ler, refletir, trocar idéias e partilhar saberes e dúvidas. Para a partir disso, produzir os materiais escolares.

"Alfabetização e a pedagogia do empowerment político"

Penso que para realizar uma pedagogia crítica de acordo com a alfabetização de Paulo Freire e Macedo seria fundamental criar condições pedagógicas em sala de aula para que todos os alunos, independente de cor, raça, sexo ou classe social possa falar e ser ouvidos, contribuindo para as transformações de uma nova política cultural. Essas contribuições dos alunos devem, ao mesmo tempo, estar vinculadas a projetos possíveis de interesses “ontológicos, epistemológicos, éticos e políticos que representam”. Divergências e diálogos são fundamentais para que as construções sociais iniciem desde as salas de aulas, sendo ponto de partida, as comunidades.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Sobre alfabetização de crianças, jovens e adultos.

Após alguns estudos realizados neste início de semestre, penso que a alfabetização, tanto para os jovens e adultos quanto para as crianças, deveria ter como objetivo fazer com que se emancipassem politicamente, lutando por um futuro melhor, transformando a sociedade em uma sociedade mais justa para todos. Gostaria que a alfabetização e a escola, (a escola por trabalhar sempre baseada em promoções por séries e anos) não acabassem por beneficiar somente os grupos melhores sucedidos economicamente. Gostaria que as escolas trabalhassem mais com as histórias dos alunos e propiciasse espaços para suas reflexões, análises e pensamentos críticos, ou seja, uma alfabetização mais no sentido de construção social. E não somente se deter a ensinar os conteúdos que tem intenção de qualificar as pessoas para determinadas funções no mercado de trabalho.